domingo, 15 de agosto de 2010

LED´s - A iluminação do Séc. XXI

Por Jaime Silva, para Revista Finestra

Utilizados para indicar o sinal de espera nos aparelhos eletroeletrônicos, os diodos emissores de luz passaram a ser conhecidos no mercado brasileiro como leds, da sigla que designa em inglês o light emitting diode. Agora, eles saem do interior das casas e conquistam as fachadas, dando um toque lúdico às edificações.

A indústria vem investindo para produzir leds cada vez mais econômicos e duráveis

Os primeiros leds comerciais foram lançados no final da década de 1960, na cor vermelha, para uso em sinalização de baixa potência, caso dos painéis eletrônicos. Em edificações, foram muito empregados em terminais de centrais de combate a incêndio. Como elemento de iluminação, principalmente nos campos arquitetônico e decorativo, vêm sendo adotados há cerca de dez anos, mas ainda com baixa oferta de potência luminosa (lumens). “Há aproximadamente cinco anos, a disponibilidade de potências aumentou bastante, melhorando essas aplicações”, observa Fernando Romano, engenheiro de vendas da Osram. Durante os jogos Pan-Americanos de 2007, por exemplo, 245 quiosques instalados na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foram iluminados por leds.

À noite, os leds mudam a cor da fachada do espaço Santa Helena

Mas a aplicação em fachadas exige suportes e proteção contra intempéries, salinidade (se a edificação estiver próximo ao mar), descargas atmosféricas e outros agentes agressores. Normalmente, os leds são montados em painéis mecânicos, parafusados à estrutura do edifício, podendo-se usar barras, chapas e estruturas metálicas. “Não há grande peso envolvido, mas muitas dessas estruturas precisam ter alta rigidez, devido à ação dos ventos e outros fenômenos”, observa Romano. A durabilidade do led está associada ao projeto, exigindo adequação eletrônica e térmica. “Se esses aspectos não forem observados, ocorrerá baixa vida útil, forte declínio de fluxo luminoso em pouco tempo de uso e mudanças de cores”, adverte Romano, destacando que os leds permitem personalizar projetos e designs. Trata-se de um tubo de vácuo de vidro constituído por dois eletrodos. O diodo é um elemento de circuito que tem a propriedade de conduzir a corrente elétrica apenas em um sentido. Quando energizado, emite luz visível.

A vida útil desses componentes supera 50 mil horas, mas o investimento em pesquisas poderá elevá-la para até 100 mil horas nos próximos dez anos

As principais indústrias vêm investindo pesado para produzir leds cada vez mais econômicos e duráveis, visando substituir parcialmente as lâmpadas incandescentes e as fluorescentes compactas. Prevê-se para breve a primeira lâmpada led destinada a tomar o lugar das incandescentes convencionais. A Lightfair, feira de iluminação realizada em maio de 2008, em Las Vegas (EUA), apresentou novas aplicações para iluminação pública e de estacionamentos, balcões, residências e escritórios. As pesquisas estão mais avançadas nos Estados Unidos, Japão, Taiwan, China e Coréia do Sul, países que pretendem tornar a tecnologia viável para a iluminação residencial, industrial e pública, no menor período de tempo possível. A cidade de Düsseldorf, na Alemanha, por exemplo, começou a substituir cerca de 10 mil lâmpadas a gás do centro antigo por leds.


Aplicação de leds em projetos de interiores

A vida útil desses componentes é superior a 50 mil horas, mas o investimento em pesquisas poderá elevá-la para até 100 mil horas nos próximos dez anos. Há informações de que a Ledtronics desenvolveu, nos Estados Unidos, lâmpadas comerciais de led que duram até 11 anos. Outras vantagens são o pequeno tamanho e a variação de intensidade de luz. Com o decorrer das pesquisas, esperam-se ainda leds com maior intensidade luminosa, mais econômicos e com grande flexibilidade de design. Mas, no momento, o grande problema ainda é o preço.

Variação de cores

“No século 21, os leds estarão na mira dos consumidores que desejam produtos de alta qualidade. Por isso, a aplicação desses pequenos pontos de luz é cada vez mais procurada, por ser flexível e econômica”, afirma José Guilherme Sartori, gerente de vendas da Osram. Segundo ele, entre os numerosos atributos dos leds está a variação de cores, diferentemente do que ocorre com as lâmpadas incandescentes. Dependendo do material utilizado em sua composição, pode ser vermelha, amarela, verde e azul. A luz branca pode ser produzida por meio da mistura das cores azul, verde e vermelha ou ainda do led azul com fósforo amarelo.

Sartori informa que existem módulos com placas flexíveis, que possibilitam a montagem em perfis e contornos, adequando-se ao projeto arquitetônico, com formatos e cores diferentes. “Capaz de proporcionar concepções de iluminação mais eficientes, funcionais e artísticas, a novidade permite pôr em prática idéias que antes ficavam só nas pranchetas”, ele conclui.

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