sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Uso racional da agua é tema de debate na 1ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional & Expo


São Paulo, agosto de 2010 - A preocupação e o uso racional da água estão entre os pilares da construção sustentável. O assunto será um dos principais debates da 1ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional & Expo O, que acontece entre 1 e 3 de setembro, no prédio da Fecomércio, na capital paulista. O segundo dia do evento terá um módulo totalmente dedicado ao tema.

Estudos do (GBC) Green Buildings Council, ONG responsável pela emissão do certificado LEED, o principal selo da construção sustentável no mundo, apontam que empreendimentos que adotam esse modelo de construção custam entre 1 e 7% a mais que os padrões convencionais, mas como utilizam modernos sistemas de aproveitamento de águas pluviais e tratamentos de água este valor gasto a mais é recuperado em pouco tempo. Em operação, o empreendimento sustentável chega a reduzir em até 40% o consumo de água, o que assegura retorno financeiro a curto prazo.

Alguns cases do gênero serão apresentados na 1ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional & Expo O. A mesa do módulo "Uso Racional de Água" acontece no dia 2 de setembro, a partir das 9h e será presidida por Antonio Macêdo Filho, diretor do EcoBuilding arquiteto, máster em Arquitetura Bioclimática pela Universidade Politécnica de Madrid e diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UniCid – Universidade Cidade de São Paulo.

O módulo é composto por quatro palestras: "Sistemas economizadores de água: tecnologia, educação e gestão", com Wilson Passeto, diretor da ONG Água e Cidade; "PURA - Programa Uso Racional de Água", ministrada por Marcos Yamada, da Duratex S.A - Divisão Deca; "A medição individualizada como ferramenta de gestão de condomínios residenciais"; apresentada por Osvaldo Barbosa de Oliveira Júnior, gerente técnico da Ista Brasil e uma sobre "Sistemas de Tratamento e Reuso de Água", com Vírgínia Dias de Azevedo Sodré, da Infinitytech.

A 1ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional & Expo , realizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e pelo GBC Brasil, é uma ferramenta para impulsionar a abertura de mercado da construção sustentável no Brasil. O evento conta com patrocínio de mais de 30 empresas de todo o mundo.

. 1ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional & Expo, de 1 a 3 de setembro, dias 1 e 2: 9h às 18h e dia 3: 8h às 16h, no Fecomercio, Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista - São Paulo (SP)
http://www.expogbcbrasil.org.br/.

Fonte: Revista Fator, 21/08/2010 - 08:28 h.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Eólicas dominam leilão de energia renovável

Por Vanessa Barbosa - 25/08/2010 - EXAME.com

Os ventos estão favoráveis ao setor de energia eólica neste final de agosto e sopram perspectivas promissoras. Com o maior número de projetos inscritos, a eólica promete ser o destaque nos leilões de energia renovável que o governo realiza nesta quarta e quinta.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 366 usinas obtiveram habilitação para participar do leilão de reserva que acontece hoje (25). A energia ofertada por elas chega a 10.745 megawatts (MW). Destas, 316 são de eólica, 40 são de biomassa e 10 são de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Para o leilão de amanhã (o A-3, com energia prevista para entrar no mercado em outubro de 2013), foram habilitadas 320 eólicas, com 8.304 MW.

Parque Eólico de Osório/RS

Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do sul possuem os projetos com maiores potenciais de geração de energia habilitados, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Somando a participação das regiões nas duas vendas públicas, o Rio Grande do Norte lidera, com 6.577 MW, à frente do Ceará, com 4.257 MW e do Rio Grande do Sul, com 3.262 MW.

No primeiro leilão de eólica, que aconteceu em dezembro de 2009, foram contratados 1805 megawatts (previstos para entrar no mercado em 2012) de 71 projetos, a maioria do Norte e Nordeste. Segundo o diretor da ABBEólica, Pedro Perrelli, metade das oito bacias eólicas do país (áreas com alto potencial de geração) concentra-se nessas regiões.

Ventos favoráveis para os negócios e demanda alta

O Brasil possui 65% do potencial instalado para geração de energia eólica da América Latina. Hoje, o país conta com 45 parques, que somam 794 MW de potência - o que equivale a apenas 0,7% da matriz energética brasileira. Essa energia é capaz da abastecer cerca de 600 mil residências, ou uma cidade com 3 milhões de habitantes.

Apesar da participação tímida na produção de energia, o setor já é considerado complementar às hidrelétricas. "Não existe dúvida de que a âncora para o crescimento da matriz de geração de energia no Brasil é a hidráulica", afirma Perrelli. "Mas diante da escassez de recursos naturais e da busca por fontes renováveis, a eólica aparece como principal geradora, depois da hidráulica".

Outra característica que favorece essa complementação entre hidrelétricas e parques eólicos, segundo Perrelli, é a "sazonalidade invertida". "Essas duas fontes geradoras têm potências alteradas de acordo com as condições do tempo, explica. "Durante a seca, venta mais e chove menos. Com isso, o nível das águas das hidrelétricas diminui, enquanto a geração das eólicas é otimizada". O inverso segue lógica parecida. Em dias de muita chuva, as hidrelétricas ficam a pleno vapor, mas as eólicas deixam a desejar por causa da baixa incidência de ventos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Dicas para uma construção civil sustentável

Por Ivan Nogueira, publicado originalmente em Comunidade Obra Sustentável, Agosto 2010

Apesar da dificuldade encontrada para aliarmos a construção civil com a sustentabilidade, o consumidor está cada vez mais exigente quanto a procura de produtos ecologicamente corretos. Por isso, a meta de boa parte das indústrias de materiais de construção tem sido atender esta clientela. A cada semana, produtos com bandeira verde surgem nas prateleiras, mas discernir o marketing de soluções reais não é tarefa simples para o consumidor.

O princípio na escolha deve considerar o ciclo de vida do produto, desde o modo e o local de produção até o transporte para o ponto de uso. Entram na equação a capacidade de reaproveitamento do material e a deposição de seus resíduos ao fim da vida útil.

Trocando em miúdos, produtos ecologicamente corretos estão mais próximos do seu estado natural, usam menos componentes químicos e têm grande potencial de transformação. “Materiais de baixo impacto ambiental são fundamentalmente os produzidos na própria região e que não são tóxicos”, aponta o professor Miguel Sattler, da UFRGS. Da fundação ao revestimento, há opções menos agressivas ao ambiente:
- Nas paredes, tijolos, por exemplo, são mais interessantes do que o cimento para o conforto térmico, por transmitirem menos calor e manterem a temperatura estável.

- Ao escolher o cimento, não há alternativas ecológicas, porém há materiais menos agressivos, como o CP 3, feito de resíduos da indústria cimenteira. Pisos de madeira de demolição, certificada ou de reflorestamento, em salas e quartos, também proporcionam temperatura agradável.

- Outra possibilidade é uma manta ecológica feita de pó de madeira, resina de pinheiro, óleo de linhaça, pó calcário, pigmentos minerais e juta, que faz as vezes de carpete.

- Na área molhada, uma solução pode ser o chão de cimento queimado. Para a pintura, tintas à base de cal e de terra possuem tonalidades que vão do amarelo ao marrom.

- O PVC da parte hidráulica pode ser completamente trocado pelo plástico PPR, que suporta água quente.

Para um futuro melhor, colabore, exigindo procedência e sustentabilidade dos materiais e produtos que você está comprando!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Universidade promove aula sobre sustentabilidade para futuros arquitetos

Aula Magna Arquitetura e Desenvolvimento Sustentável na UniCid
Por Thatiane Leme, para o Guia Decorar

O novo auditório da UNICID - Universidade Cidade de São Paulo, ficou repleto de alunos e profissionais da área de arquitetura na última quinta-feira, dia 12. A instituição promoveu a “Aula Magna: Arquitetura para o Desenvolvimento Sustentável”, organizada pelo Prof. Arq. Antonio Macêdo Filho, diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo. O evento contou com a participação de ilustres palestrantes, como Nelson Kawakami, diretor do Green Building Council Brasil, e do arquiteto norte-americano Rives Taylor, diretor de sustentabilidade em projetos do Gensler, um dos maiores escritórios de Arquitetura e Design do mundo. Taylor também é professor da Universidade de Houston - Texas (EUA).

O objetivo desta aula especial foi levar aos futuros bacharéis da Universidade, um estudo aprofundado sobre as novas construções sustentáveis, que são cada vez mais importantes e necessárias para o futuro do planeta. O Prof. Macêdo abriu a palestra pontuando que este tema deve ser tratado com urgência. “As novas construções precisam ser mais bem planejadas, ter mais atenção quanto ao impacto que elas provocam no meio ambiente. Um bom projeto reflete na cidade, em seu entorno, em todo o País. O planeta está desequilibrado, é preciso planejar para mudar este cenário”, explicou o professor.

Macêdo ressaltou a importância de formar profissionais mais qualificados no assunto. “O bom arquiteto é aquele preocupado em se adequar às mudanças, em buscar conhecimento. Um projeto sustentável de sucesso precisa contar com a participação de diversos profissionais, uma criação coletiva. Todos terão de estudar de tudo um pouco, para atender as necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações”, afirmou o profissional.

Durante a sua explanação, o diretor do curso apresentou dados relevantes sobre os impactos das construções. “É preciso repensar a maneira de proceder daqui para frente. A construção civil é uma das atividades que mais causam impacto no meio ambiente, sendo responsável, somente no Brasil, por 21% no consumo de água, 25% da emissão de gases causadores do efeito estufa, 65% dos resíduos e 42% do consumo de eletricidade”, revelou.

O número de projetos registrados no sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), certificação internacional para edifícios sustentáveis – residenciais e comerciais – concedida pelo US Green Building Council (Conselho de Construção Sustentável dos EUA) aumentou de quatro registrados em 2007 para 191 em 2010, segundo o GBCB (Green Building Council Brasil). Desses, 80% estão localizados em São Paulo e 55% são comerciais. Atualmente, 18 obras já são certificadas no País.

De acordo com Nelson Kawakami, diretor do GBCB, essa expansão se deve ao fato de que os empresários já perceberam que as construções verdes reduzem o seu impacto na natureza e o custo operacional dos edifícios. “A adoção de práticas sustentáveis traz benefícios econômicos mensuráveis. Uma construção verde reduz de 8 a 9% os custos operacionais de um edifício comercial e amplia em 6,6% a taxa de retorno do imóvel, em 3,5% a taxa de ocupação e 3% o valor do aluguel", explicou.

Apesar de todas essas vantagens, Kawakami afirmou que o selo ainda precisa ser mais disseminado. "Há um grande potencial de crescimento no País. Para 2011, a meta é chegar a 400 prédios registrados para certificação. Para isso, é necessário ampliar a conscientização das pessoas, porque a redução de custos é importante, mas a mudança de postura é vital. O grande obstáculo continua sendo o desconhecimento por parte dos profissionais", disse.

Nos Estados Unidos, onde a certificação LEED está consolidada há anos com mais de 20 mil empreendimentos certificados, o Prof. Macêdo lembra que o mercado cresce 14,2% ao ano num universo de US$ 10 trilhões.

Alguns projetos americanos de sucesso com selo LEED foram apresentados pelo arquiteto norte-americano Rives Taylor, diretor de sustentabilidade em projetos do escritório Gensler, que conta com mais de 2,8 mil arquitetos atuando em todo o mundo.

Na palestra "Design sustentável para um mundo melhor", o especialista destacou que uma edificação que adota o LEED ganha em funcionalidade, performance e energia. "O usuário ganha em conforto e as empresas com o aumento da produtividade. Um exemplo disso são as construções em Houston. Lá, os novos empreendimentos só ganham o interesse de um comprador se possuir a certificação LEED”.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Retorno dos Investimentos em Eficiência Energética em Residências

Publicado originalmente em Home Energy Saver. Tradução, adaptação e comentários de Antonio Macêdo Filho.

Estudos feitos nos EUA concluem que a aplicação de algumas medidas de eficiência energética em uma típica residência rende cerca de US$ 600 na conta de energia anual e um interessante retorno do investimento de 16%.

O diagrama ao lado fornece uma imagem representativa da alta rentabilidade de alguns melhoramentos com vistas à eficiência energética. Note que a casa padrão avaliada aqui está localizado em um clima médio dos EUA e dispõe de bomba de calor, aquecedor elétrico de água, máquina de lavar roupa, secadora de roupas e lava-louças.

O custo-benefício exemplificado supera a meta de 30%  de economia para casas existentes estabelecida pelo programa PATH (The Partnership for Advancing Technology in Housing - Parceria para a Promoção de Tecnologia em Habitação).

Na verdade, todas estas medidas produzem maior retorno sobre o investimento do que um investimento bancário comum (mesmo no Brasil) e a maioria é tão ou mais rentável que o mercado de ações tem sido nos últimos anos (não no Brasil). Os ganhos de eficiência acima incluem o efeito do imposto de renda. Isso torna a economia ainda mais atraente, porque você poderia guardar o dinheiro que você economizar em suas contas de energia, quando teria que pagar impostos mais robustos sobre investimentos normais.











NOTAS: Considerou-se uma casa típica com bombas de calor a ar, aquecimento de água elétrico, máquinas de lavar e de secar roupas e máquina de lavar louça. A taxa de retorno considerou 3% de inflação anual nos preços de eletricidade residencial. As taxas de retorno pós-impostos consideram impostos de renda de 28% (no Brasil, 27,5%).

1) O preço de compra de máquinas de lavar, máquinas de lavar louça, termostato, e o uso de bomba de calor é baseado nos padrões das normas estabelecidas pelo NAECA - National Appliance Energy Conservation Act (equivalente aos nossos Procel / Inmetro), para equipamentos domésticos. Todos os preços refletem o custo total do consumo, incluindo a instalação.

2) As economias nas contas consideram o custo médio da energia elétrica de 8,8 centavos de dólar por kilowatt-hora (média de R$ 0,35 por kWh, no Brasil - ou seja, tempo de retorno ainda melhor, no nosso caso). As eficiências dos equipamentos consideram os padrões do NAECA (No Brasil, Procel).

3) Os consumos de energia devidos ao aquecimento e resfriamento foram levantados utilizando-se modelagem com o software DOE-2, do LBNL - Lawrence Berkeley National Laboratory, outros consumos de usos finais de energia seguem relatório de consumo residencial do DOE - Departament of Energy, dos EUA (equivalente ao nosso MME - Ministério de Minas e Energia e o seu BEN - Balanço Energético Nacional).

PS: O que estamos esperando?

Traduzido, adaptado e comentado por Arq. Antonio Macêdo Filho - amacedo@ecobuilding.com.br

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sustentabilidade versus crescimento: limites do atual modelo econômico

Por Zhang Danhong (md), com revisão de Alexandre Schossler. Publicado originalmente em Deutche Welle

Especialistas veem como ultrapassado o modelo econômico baseado só no crescimento do PIB e defendem formas de desenvolvimento e medição de riqueza que levem em conta a distribuição de renda e o uso de recursos naturais.

Mais de 80% dos rios da China estão contaminados

O debate está em pauta há mais de 30 anos, mas a crise econômica mundial e as alterações climáticas deram um novo impulso às discussões sobre o modelo econômico tradicional, que só valoriza o crescimento da economia.

Para o economista alemão Gerhard Scherhorn, professor emérito de Mannheim, o problema central da humanidade é o esgotamento dos recursos naturais. "Nós esgotamos os recursos naturais por meio da sobrepesca dos oceanos, da redução do nível das águas subterrâneas, da diminuição da biodiversidade e do aquecimento global", afirma.

O ex-vice-ministro alemão do Meio Ambiente Michael Müller tem opinião semelhante. "Temos um histórico de desenvolvimento industrial em que os recursos materiais da Terra foram usados com desperdício e ignorância", afirma.

O mau exemplo China

Mulher coleta garrafas plásticas ao lado de um riacho poluído por uma fábrica de papel em Dongxiang, na ChinaEm nenhum outro lugar esse comportamento pode ser percebido de forma tão clara como na China. Mais de 80% dos rios do país são considerados contaminados. Além disso, 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo estão na China.

Por um lado, o país ostenta, há muitos anos, níveis anuais de crescimento econômico perto dos 10%; por outro, mais da metade desse crescimento acaba sumindo por conta dos prejuízos ambientais causados, afirma Müller.

Na opinião dele, a China sofrerá em breve as consequências das mudanças climáticas, causadas também pelo próprio crescimento econômico a todo custo. Ele lembra que, segundo os estudos do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o aquecimento global ameaçará sobretudo as zonas industrializadas próximas aos deltas dos rios chineses.

"Isso quer dizer que a China terá que organizar e financiar imensos programas de relocação de moradores. Eu não sei se o país é capaz disso. De qualquer forma, seria uma tragédia humana", alerta. A sua conclusão é que os limites de crescimento econômico já foram alcançados em todo o mundo.

Novo indicador de qualidade de vida

O economista Hans Diefenbacher, de Heidelberg, acha necessária uma reconstrução dentro de padrões ambientais. Ele cita como exemplo a Alemanha. "Podemos começar isolando termicamente as construções antigas dentro dos próximos 30 anos, a um ritmo anual de 3%. Podemos também ampliar os sistemas de transporte público", sugere.

Ele sugere ainda que as pessoas sejam mais contidas nos seus gastos. Mas mudanças no estilo de vida dos consumidores podem levar a uma contração do Produto Interno Bruto (PIB), cujo crescimento é a medida de todas as coisas para os governantes de qualquer país.

Poluição oriunda de uma fábrica em Baotou, na China

Diefenbacher, que desde meados dos anos 80 estuda a forma como o crescimento econômico é medido, defende uma revisão desse critério. "O Produto Interno Bruto deve ser substituído como medida de crescimento por um novo indicador de qualidade de vida, pois muitos aspectos importantes não são considerados no PIB", afirma.

Primeiro, a distribuição de renda não é contemplada pelo Produto Interno Bruto, lembra. Em segundo lugar, ele também não reflete os danos ambientais causados pela produção e pelo consumo. "Também não reproduz devidamente o consumo de recursos naturais não renováveis", explica o economista.

Franceses chegaram à mesma conclusão

Ou seja, a distribuição de renda e o uso dos recursos naturais teriam que ser levados em consideração por um novo indicador. Mas também o trabalho doméstico e os serviços voluntários deveriam ser incluídos como fatores positivos, de acordo com Diefenbacher.

Por muito tempo, a discussão sobre crescimento e sustentabilidade recebeu pouca atenção. Agora, esse debate começa a sair do seu nicho. Em alguns países europeus, ele está mais avançado do que na Alemanha.

Como na França, onde uma comissão criada pelo governo Sarkozy e chefiada pelo Prêmio Nobel Joseph Stiglitz chegou ano passado à mesma conclusão: o PIB não é um indicador suficiente, e distribuição de renda e consumo de recursos naturais também devem ser considerados.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos e as mudanças no Brasil

Por Izabel Zaneti para o EcoDebate

A aprovação pelo Congresso do projeto de lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, no último dia 7 de julho, é um grande avanço. Encaminhada para sanção presidencial, a política é uma norma imperativa, sujeita a sanções quando não cumprida. O projeto será sancionado nesta segunda-feira, 2 de agosto, pelo presidente Lula em cerimônia no Palácio do Itamaraty.

A PNRS representa um marco na resolução de problemas ambientais resultantes do excesso de resíduos sólidos, de sua destinação final e do tratamento inadequado até aqui, determinando novos comportamentos de ora em diante. Uma vez transformada em lei federal os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão adaptar suas legislações. Está previsto um período de adaptação de quatro anos, o que exige empenho desde logo para que esta verdadeira mudança de paradigma ocorra.

A lei proíbe a criação de lixões, onde os resíduos são lançados a céu aberto, e determina que as prefeituras passem a construir aterros sanitários adequados ambientalmente, nos quais só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários.

Vale destacar o incentivo para o mercado da reciclagem de resíduos, bem como a promoção da Educação Ambiental como vetor de conscientização e também o incentivo à criação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. O projeto também incumbe ao Distrito Federal e aos municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais.

A PNRS prevê que a União e os governos estaduais possam conceder incentivos à indústria de reciclagem. Os municípios só receberão verbas do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão.

Quanto às lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos, por exemplo, terão logística reversa, ou seja, retorno de produtos passíveis de reaproveitamento a quem os fabrica. Outro ponto importante é a “responsabilidade compartilhada”, envolvendo a sociedade, o setor empresarial, as prefeituras e os governos estaduais e federal, na gestão dos resíduos sólidos.

Penso que este esforço conjunto será um marco no Brasil e deverá contribuir para alcançar os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos de proteção à saúde pública e à melhoria da qualidade ambiental.

Izabel Cristina Bruno Bacellar Zaneti é atualmente Pesquisadora Colaboradora Plena do Centro de Desenvolvimento Sustentável-CDS, da Universidade de Brasília e doutora em Desenvolvimento Sustentável pela mesma universidade.

Artigo socializado pela UnB Agência e publicado pelo EcoDebate, 16/08/2010

domingo, 15 de agosto de 2010

Os melhores "Green Buildings" do mundo

Por Antonio Macêdo Filho, a partir de artigo de Lance Hosey para a Architect Magazine, publicado em terra.com.br em agosto 2010

A revista americana Vanity Fair, em sua edição de agosto de 2010, publicou os resultados de uma pesquisa com 90 especialistas sobre as "maiores obras arquitetônicas dos últimos 30 anos". O Museu Guggenheim Bilbao, de Frank Gehry, foi o grande vencedor, seguido pelo Menil Collection, de Renzo Piano.

Não satisfeito, o arquiteto e jornalista Lance Hosey, da revista Architect Magazine, notou que a lista da Vanity Fair não contemplava construções sustentáveis. Segundo ele, "até as obras de Renzo Piano e Norman Foster, arquitetos conhecidos pela alta performance ambiental, eram antigas e pouco ambiciosas, ambientalmente".

Ele decidiu então fazer a sua própria pesquisa, para definir quais seriam as "cinco construções verdes mais importantes desde 1980". Consultou 150 especialistas, incluindo arquitetos, engenheiros, educadores e críticos dos Estados Unidos, Europa e Ásia que elegeram então os melhores projetos, segundo os critérios que prefirissem utilizar. Daí surgiu a G-List (G de Green, claro).

Dos edifícios selecionados, eu tive oportunidade de conhecer alguns - Commerzbank (Frankfurt), BedZed e SwissRe Tower (Londres), Genzyme (Boston), New York Times Building e Bank of America Tower (Nova York) - sempre em visitas técnicas que ajudei a organizar e acompanhei, e posso afirmar: estes são mesmo muito bem projetados e construídos e por isto devem de fato ser considerados referência. Sobre estes, acrescentei a seguir alguns comentários.

And the winners are:

1 - Centro de Estudos Ambientais Adam Joseph Lewis (Oberlin, Ohio), William McDonough + Partners, 2001 - O Centro de Estudos Ambientais Adam Joseph Lewis (AJCES), localizado no campus da Universidade de Oberlin, é um dos mais avançados exemplos de edifício auto-sustentável dos Estados Unidos. O AJCES produz toda energia que consome através de painéis fotovoltaicos, com potências instaladas de 60kW na cobertura e 100kW em área adjacente (estacionamentos).

O Centro Lewis ainda utiliza um sistema de tratamento de água chamado de "A Máquina Viva", que recebe a água de esgoto e a trata e purifica para que ela possa ser reutilizada nos vasos sanitários. O prédio ainda tem janelas posicionadas de maneira apropriada para aproveitar ao máximo a luz do dia e poços geotérmicos, que ajudam a aquecer e a resfriar a área interna da construção.

2 - California Academy of Sciences (San Francisco), Renzo Piano Building Workshop, 2008 - A Academia de Ciências da Califórnia foi inaugurada em 2008 e definida como uma "construção revolucionária".

O telhado verde mantém o interior do edifício sempre fresco e os 13 milhões de litros de água usados por ano na rega das plantas são em grande parte reutilizados para outros fins no museu. No telhado de vidro, janelas e cortinas controladas por computadores abrem-se e fecham-se para manter a temperatura adequada dentro do ambiente e facilitar a passagem da brisa do Pacífico. Calças jeans velhas foram utilizadas no isolamento das paredes e uma barreira de vedação envidraçada possui células fotovoltaicas integradas que geram 15 % da energia elétrica que o edifício consome.

3 - Genzyme Center (Cambridge, Mass.), Behnisch Architekten, 2003 - O Genzyme Center, sede mundial da empresa de biotecnologia Genzyme Corporation inaugurada 2003, recebeu a certificação LEED Platina do US Green Building Council graças aos seus princípios ambientais. O aproveitamento da luz natural e uso inteligente da água contribuíram para uma redução de 42 % dos gastos anuais em eletricidade e 32% do consumo da água.

Nota: Sobre o Genzyme, que visitei em 2008, publiquei um post aqui no blog em: http://amacedofilho.blogspot.com/2009/04/um-exemplo-ser-seguido.html
A arquitetura em si é aparentemente bem normal, mas quando se conhece melhor o projeto, percebe-se que de fato merece estar nesta lista. Os espelhos para direcionamento da luz natural no atrio interior são de eficácia e beleza impressionantes.

4 - BedZED - Beddington Zero Energy Development (Londres), ZEDfactory, 2002. Este bairro construído no Reino Unido, próximo a Londres, é considerado um modelo de sustentabilidade urbana. Ele segue uma filosofia de composição heterogênea dos seus residentes, e possui moradores de classe média, alta e baixa vivendo no mesmo local. O empreendimento ainda foi erguido com material de construção comprado na região, uso de materiais reciclados e mão-de-obra local, e possui um programa "clube do carro", exclusivo para os moradores, para o compartilhamento de veículos, de forma que as pessoas não precisem ter os seus próprios carros.

Nota: Sobre o BedZed, publiquei um breve video que fiz durante visita técnica que acompanhei em março deste ano (2010), durante a I Missão Técnica EcoBuild Londres. Em breve publicarei em outro post fotos e comentários a respeito. Por enquanto, pode assistir ao video em: http://www.youtube.com/watch?v=I0ymBgT6Q0s

O Bed Zed é um exemplo de que com boas idéias e uma atitude clara de cooperação, pode-se alcançar resultados de fato importantes.

5 - Chesapeake Bay Foundation (Annapolis, Md.), SmithGroup, 2001. O Centro Ambiental Philip Merrill da Fundação Baía de Chesapeake ocupa uma área construída de quase 3.000 m2 e segue padrões mundiais de conservação de energia, tendo recebido a certificação Platinum Rating do Green Building Council. Materiais reciclados e recicláveis foram usados na sua construção. Além disso, a utilização de um sistema de coleta de água de chuva associado a vasos sanitários compostáveis reduziu o consumo de água em 90%.


6 - Bank of America Tower (ou One Bryant Park, Nova York), Cook + Fox Architects, 2009 (6 votes)

O Bank of America é o primeiro arranha-céu comercial de Nova York a alcançar a certificação LEED Plantina. Em 2008, tive oportunidade de visitar a obra em fase de conclusão durante I Missão Técnica Green Buildings em Nova York (a subida em elevador de obra até a última laje foi algo de memorável...). Sua fachada de vidro tem elevado desempenho térmico, permitindo amplo aproveitamento da luz do dia. Pudemos verificar isto em alguns pavimentos tipo. O sistema de ar condicionado que tem roda entálpica e filtros sucessivos,  permite que o ar utilizado no edifício, quando descartado, após o uso, seja ainda mais limpo do que o ar que é tomado de fora. Ou seja, o edifício contribui para melhorar o ar da cidade. Não há uma vaga de garagem sequer. Os usuários são encorajados, portanto, a usar o metrô (há 3 linhas acessíveis pela Bryant Park, logo em frente). Assim fica fácil. Sem dúvida, é um exemplo para outras metrópoles, como São Paulo.

7 - Sidwell Friends School (Washington, DC), KieranTimberlake, 2006 (5 votes). A Sidwell Friends School é a escola onde estudam as filhas do presidente Barack Obama. O edifício é certificado LEED Platina e suas características e sistemas são utilizados para orientação e educação ambiental dos alunos da escola. Trarei mais informações em breve, após visita técnica que se realizará nesta semana com um grupo organizado pela ArqTours para o Sinduscon-SP.

8 - Advanced Green Builder Demonstration (Austin, Texas), Pliny Fisk, 1998 (5 votes)

9 - Dockside Green (Victoria, B.C.), Busby Perkins+Will, 2010 (4 votes)






10 - Omega Center for Sustainable Living, (Rhinebeck, N.Y.), BNIM, 2009 (4 votes)


11 - New York Times Building, (Nova York), Renzo Piano Building Workshop/FXFowle Architects, 2008 (4 votes)

Conheci a obra do NY Times Buildings em 2007 e nos anos seguintes, estive outras vezes em visitas ao edifício com grupos das Missões Técnicas Green Buildings em Nova York. Com sua forma básica e simples, o edifício não é especialmente bonito, mas certamente se destaca na paisagem e é mesmo bem interessante, por conta do seu desempenho.

No video que segue, feito com câmera fotográfica, faço alguns comentários sobre o projeto, para os participantes da missão deste ano (2010), realizada em junho: http://www.youtube.com/watch?v=RDQXeaXeDAg




12 - Aldo Leopold Legacy Center, (Barabook, Wis.), Kubala Washatko Architects, 2007 (4 votes)

13 - Druk White Lotus School (Ladakh, India), Arup, 2005 (4 votes)








14 - Swiss Re Tower (Londres), Foster + Partners, 2003 (4 votes)

A forma cilíndrica em si já representa um desafio à arquitetura. Utilizá-la em meio à City londrina, formal e tradicional, pode ser ainda mais difícil. Fazer um edifício de elevado desempenho ambiental assim certamente não foi fácil. Novo ícone da arquitetura contemporânea de Londres, o SwissRe é também um excelente green building, projetado para ser utilizado com amplo aproveitamento da luz e da ventilação naturais.

Em março deste ano (2010) durante a I Missão Técnica EcoBuild Londres, fomos conhecer o SwissRe. Assista a um video feito durante a visita com camêra fotográfica, no qual eu apresento algumas das características do projeto: http://www.youtube.com/watch?v=CyFYSsn76dQ


15 - Colorado Court, Pugh + Scarpa Architects(Los Angeles, CA) 2002 (4 votes)



16 - Institute for Forestry and Nature Research (Wageningen, Holanda), Behnisch Architekten, 1998 (4 votes)



17 - Commerzbank Headquarters (Frankfurt), Foster + Partners, 1997 (4 votes)

O Commerzbank eu tive a satisfação de visitar em 2002, durante missão técnica que organizei, então pela Câmara de Arquitetos, para o Congresso Mundial da UIA, que naquele ano ocorreu em Berlim. No evento, ouvi o próprio Norman Foster dizer em palestra que estava muito orgulhoso do resultado do projeto e da satisfação dos usuários do edifício. Ele agradeceu ao cliente, o banco, pela encomenda para desenvolver o edifício mais sustentável que se pudesse fazer. Conseguiram. Até hoje o Commerzbank é uma referência em construção sustentável para o mundo. Não podia faltar nesta lista.

Os seus jardins suspensos criam inusitados ambientes de convívio, que são também utilizados para o trabalho, em reuniões e conversas mais descontraídas, o que pude in loco verificar, e trazem maior qualidade ao ambiente de escritórios, o que se reflete em produtividade, como se pôde confirmar.

18 - Menara Mesiniaga Tower (Kuala Lumpur, Malaysia), Hamzah & Yeang, 1992 (4 votes)









Comentários de Lance Hosey sobre os resultados:

"A comunidade representada pelas duas pesquisas parecem ter padrões dramaticamente diferentes. Nenhum edifício da lista da Vanity Fair aparece na G-list e nenhum arquiteto americano aparece com projetos nas duas listas. Apenas dois, Piano e Foster aparecem em ambas, mas com projetos diferentes. Assim como eles, o escritório Behnisch Architekten, também tem dois projetos na Green Building List. Isto parece confirmar a impressão geral de que a Europa está muito à frente dos EUA em se tratando de edifícios de alta performance, o que foi comentado por muitos dos jurados.
Um dia, talvez as referências do "bom design" venham a coincidir com "design sustentável" mas ainda não chegamos lá. Falta muito, mas certamente este dia chegará."

Jurados:

Lucia Athens, City of Austin, Texas
Kate Bakewell, Hart Howerton
Bob Berkebile, BNIM
Dana Bourland, Enterprise Community Partners
Angela Brooks, Pugh + Scarpa Architects
Hillary Brown, New Civic Works
Bill Browning, Terrapin Bright Green
Will Bruder, Will Bruder + Partners
John Cary, Next American City
Rick Cook, Cook + Fox Architects
Randy Croxton, Croxton Collaborative Architects
Betsy del Monte, Beck Architecture
Rick Fedrizzi, U.S. Green Building Council
Thomas Fisher, University of Minnesota College of Design
Pliny Fisk, Founder, Center for Maximum Potential Building Systems
Eric Corey Freed, Organic Architect
Kira Gould, William McDonough + Partners
Walter Grondzik, Ball State University College of Architecture and Planning
Brad Guy, Material Reuse
Robert Harris, Lake/Flato Architects
Volker Hartkopf, Center for Building Performance and Diagnostics
Lisa Heschong, Heschong Mahone Group
Michelle Kaufmann, MK Designs
Allison Kwok, University of Oregon Department of Architecture
Mary Ann Lazarus, HOK
Charlie Lazor, Lazor Office
Marc L'Italien, EHDD Architecture
Vivian Loftness, Carnegie Mellon University School of Architecture
Ray Lucchesi, Lucchesi Galati Architects
Jason McLennan, Cascadia Region Green Building Council
Kirstin Miller, Ecocity Builders
Steven Moore, University of Texas at Austin School of Architecture
David Orr, Oberlin College
Sergio Palleroni, Portland State University Department of Architecture
Jason Pearson, GreenBlue (formerly)
Susan Piedmont-Palladino, National Building Museum
John Quale, University of Virginia School of Architecture
Jonathan Reich, California Polytechnic State University Department of Architecture
Quilian Riano (via Ed Mazria), DSGN AGNC
Traci Rose Rider, Emerging Green Builders (USGBC)
Anne Schopf, Mahlum Architects
Jennifer Siegal, Office of Mobile Design
Henry Siegel, Siegel & Strain Architects
Alex Steffen, Worldchanging
Susan Szenasy, Metropolis
Rives Taylor, Gensler
(Nota: Rives Taylor esteve recentemente conosco em São Paulo. Mais info em: http://amacedofilho.blogspot.com/2010/08/universidade-promove-aula-sobre.html)
Gail Vittori, Center for Maximum Potential Building Systems
Donald Watson, Rensselaer Polytechnic Institute School of Architecture
Andrew Whalley, Grimshaw Architects
Dan Williams, Dan Williams Architect
Kath Williams, Kath Williams + Associates
Ken Yeang, Hamzah & Yeang

Baseado no artigo:The G-List, de Lance Hosey.

Para se informar sobre futuras missões técnicas e conhecer estes e outros Greens Buildings pelo mundo, cadastre-se pelo www.ecobuilding.com.br.

LED´s - A iluminação do Séc. XXI

Por Jaime Silva, para Revista Finestra

Utilizados para indicar o sinal de espera nos aparelhos eletroeletrônicos, os diodos emissores de luz passaram a ser conhecidos no mercado brasileiro como leds, da sigla que designa em inglês o light emitting diode. Agora, eles saem do interior das casas e conquistam as fachadas, dando um toque lúdico às edificações.

A indústria vem investindo para produzir leds cada vez mais econômicos e duráveis

Os primeiros leds comerciais foram lançados no final da década de 1960, na cor vermelha, para uso em sinalização de baixa potência, caso dos painéis eletrônicos. Em edificações, foram muito empregados em terminais de centrais de combate a incêndio. Como elemento de iluminação, principalmente nos campos arquitetônico e decorativo, vêm sendo adotados há cerca de dez anos, mas ainda com baixa oferta de potência luminosa (lumens). “Há aproximadamente cinco anos, a disponibilidade de potências aumentou bastante, melhorando essas aplicações”, observa Fernando Romano, engenheiro de vendas da Osram. Durante os jogos Pan-Americanos de 2007, por exemplo, 245 quiosques instalados na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foram iluminados por leds.

À noite, os leds mudam a cor da fachada do espaço Santa Helena

Mas a aplicação em fachadas exige suportes e proteção contra intempéries, salinidade (se a edificação estiver próximo ao mar), descargas atmosféricas e outros agentes agressores. Normalmente, os leds são montados em painéis mecânicos, parafusados à estrutura do edifício, podendo-se usar barras, chapas e estruturas metálicas. “Não há grande peso envolvido, mas muitas dessas estruturas precisam ter alta rigidez, devido à ação dos ventos e outros fenômenos”, observa Romano. A durabilidade do led está associada ao projeto, exigindo adequação eletrônica e térmica. “Se esses aspectos não forem observados, ocorrerá baixa vida útil, forte declínio de fluxo luminoso em pouco tempo de uso e mudanças de cores”, adverte Romano, destacando que os leds permitem personalizar projetos e designs. Trata-se de um tubo de vácuo de vidro constituído por dois eletrodos. O diodo é um elemento de circuito que tem a propriedade de conduzir a corrente elétrica apenas em um sentido. Quando energizado, emite luz visível.

A vida útil desses componentes supera 50 mil horas, mas o investimento em pesquisas poderá elevá-la para até 100 mil horas nos próximos dez anos

As principais indústrias vêm investindo pesado para produzir leds cada vez mais econômicos e duráveis, visando substituir parcialmente as lâmpadas incandescentes e as fluorescentes compactas. Prevê-se para breve a primeira lâmpada led destinada a tomar o lugar das incandescentes convencionais. A Lightfair, feira de iluminação realizada em maio de 2008, em Las Vegas (EUA), apresentou novas aplicações para iluminação pública e de estacionamentos, balcões, residências e escritórios. As pesquisas estão mais avançadas nos Estados Unidos, Japão, Taiwan, China e Coréia do Sul, países que pretendem tornar a tecnologia viável para a iluminação residencial, industrial e pública, no menor período de tempo possível. A cidade de Düsseldorf, na Alemanha, por exemplo, começou a substituir cerca de 10 mil lâmpadas a gás do centro antigo por leds.


Aplicação de leds em projetos de interiores

A vida útil desses componentes é superior a 50 mil horas, mas o investimento em pesquisas poderá elevá-la para até 100 mil horas nos próximos dez anos. Há informações de que a Ledtronics desenvolveu, nos Estados Unidos, lâmpadas comerciais de led que duram até 11 anos. Outras vantagens são o pequeno tamanho e a variação de intensidade de luz. Com o decorrer das pesquisas, esperam-se ainda leds com maior intensidade luminosa, mais econômicos e com grande flexibilidade de design. Mas, no momento, o grande problema ainda é o preço.

Variação de cores

“No século 21, os leds estarão na mira dos consumidores que desejam produtos de alta qualidade. Por isso, a aplicação desses pequenos pontos de luz é cada vez mais procurada, por ser flexível e econômica”, afirma José Guilherme Sartori, gerente de vendas da Osram. Segundo ele, entre os numerosos atributos dos leds está a variação de cores, diferentemente do que ocorre com as lâmpadas incandescentes. Dependendo do material utilizado em sua composição, pode ser vermelha, amarela, verde e azul. A luz branca pode ser produzida por meio da mistura das cores azul, verde e vermelha ou ainda do led azul com fósforo amarelo.

Sartori informa que existem módulos com placas flexíveis, que possibilitam a montagem em perfis e contornos, adequando-se ao projeto arquitetônico, com formatos e cores diferentes. “Capaz de proporcionar concepções de iluminação mais eficientes, funcionais e artísticas, a novidade permite pôr em prática idéias que antes ficavam só nas pranchetas”, ele conclui.

sábado, 14 de agosto de 2010

Como é o sistema para reaproveitar água da chuva?

Por Fernando Forte e Rodrigo Marcondes Ferraz, para Uol.com.br - Agosto 2010

Nos tempos atuais, a conservação de recursos naturais é tema de qualquer conversa de bar. E ao falar de preservação, uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é a questão da água. Apesar de abundante no Brasil – temos a maior bacia hidrográfica do mundo, a do Amazonas – a água já falta em diversas regiões do planeta.

Mesmo no Brasil, as bacias hidrográficas não estão distribuídas uniformemente por todo o território e, pior, sua distribuição não coincide com as áreas de maior concentração populacional. O que vemos, então, são alguns locais com muita água e pouca gente, e outros com uma grande população sem o acesso adequado à água e, ainda mais grave, saneamento.

A água da chuva é coletada, filtradas e levada a um reservatório inferior, em geral enterrado. Uma bomba leva a água para uma segunda caixa d'água, a partir da qual é feita a distribuição para os pontos desejados: torneira de jardim, sanitários e lava roupa são os mais comuns.


Recurso valioso


Portanto a água passou a ser um bem raro e que deve ser poupado e reaproveitado ao máximo. Quando falamos de poupar água, estamos nos referindo a diversas práticas, desde fechar a torneira enquanto escovamos os dentes e o chuveiro enquanto nos ensaboamos, até desenvolver sistemas de irrigação para as lavouras que sejam mais eficientes.

Países como Israel plantam no deserto graças a sistemas de irrigação por gotejamento que utilizam menos de 5% da quantidade de água necessária por nosso sistema mais comum, o da aspersão, em que boa parte da água evapora antes mesmo de chegar ao solo. Outro exemplo simples pode ser notado nos arejadores para torneiras, que já estão presentes nos modelos das principais fabricantes do país. Trata-se de um equipamento simples e barato que reduz drasticamente o consumo de água. Nessa linha encontramos diversos sistemas eficientes de descargas entre outros implementos que nos auxiliam a economizar água.

E a água já utilizada?

Hoje em dia, na grande maioria dos edifícios (de uma residência a uma indústria), a água vai diretamente para o sistema de coleta de esgoto e águas pluviais. Entretanto, boa parte dela pode ser facilmente reutilizada, visto que o grau de impurezas é muito baixo após a primeira utilização. Grandes indústrias, como as de cerveja, por exemplo, já possuem sistemas capazes de utilizar diversas vezes a mesma água para a fabricação de seu produto, reduzindo muito o impacto no meio ambiente. Esses são sistemas mais complexos e vamos nos concentrar nos convencionais, desenvolvidos para residências.

Ao pensarmos em reuso de água para residências, podemos primeiramente tratar das águas pluviais, ou seja, a água da chuva. Captar a água que cai nos telhados e lajes de nossas casas para uma futura utilização não só é uma prática econômica e ecológica, como também diminui a quantidade de água que vai para o sistema público de coleta, ou seja, ajuda a diminuir as terríveis enchentes das épocas de chuva forte.

Coletar, filtrar, usar

Os sistemas mais simples de reuso de água tratam apenas das águas pluviais, que após caírem nos telhados são direcionadas às calhas e, ao invés de serem descartadas, são filtradas e levadas a um reservatório inferior, normalmente enterrado. Uma bomba simples transfere a água deste reservatório inferior para outro elevado (uma segunda caixa d’água) e a partir daí a água é direcionada para os pontos que desejamos.

Os sistemas mais simples direcionam esta água de reuso apenas para a irrigação de jardim. Em locais com grandes áreas ajardinadas, só isso já é suficiente, uma vez que toda a água da chuva será reaproveitada e bem utilizada. Em locais com poucas áreas ajardinadas ou mesmo sem nenhuma área verde, podemos utilizar o mesmo conceito de reuso, mas com uma complexidade um pouco maior – a água da chuva, após estar filtrada e no reservatório superior, é levada aos jardins e também para os vasos sanitários, tanques e máquinas de lavar roupas. Essa água, embora imprópria para ser bebida, é bastante limpa para essas finalidades.

Águas cinzas

Há diversos sistemas disponíveis no mercado com filtragem da água após ela entrar no reservatório inferior, imediatamente antes ou ainda no tubo de queda. São vários os filtros existentes e a NBR 15527 (Água de Chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não-potáveis) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é a que regula todos esses sistemas. É importante sempre prestarmos muita atenção ao método de filtragem e de armazenamento, já que ao cair na cobertura, a água carrega consigo todas as impurezas do telhado.

Além da água da chuva, as chamadas águas cinzas também podem ser reutilizadas. As águas cinzas são as que foram utilizadas nas pias de banheiros ou chuveiros, por exemplo. É uma água mais limpa do que a que sai do vaso sanitário (por razões óbvias) e, portanto mais fácil de ser filtrada. O sistema de funcionamento é basicamente o mesmo do reuso de águas pluviais. A água cinza é recolhida, filtrada e reaproveitada nos jardins ou sanitários. Os filtros e os métodos de filtragem podem variar, mas o funcionamento é muito parecido.

Desde que bem projetados, os sistemas para reuso de água são eficientes e vieram para ficar. Além disso, algumas localidades já exigem estes sistemas para qualquer edificação a ser construída.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Califórnia terá maior planta solar do mundo

Energia será suficiente para 140 mil casas

A Brightsource Energy Inc., da Califórnia, recebeu o sinal verde para construir o maior projeto de energia solar do mundo, no deserto de Mojave. Serão três plantas, em um sistema gerador de 392 megawatts.

A empresa recebeu um compromisso condicional do Departamento de Energia dos EUA de um U$ 1,37 bilhão em garantias de empréstimo. A energia gerada pelas plantas será vendida pelas empresas Pacific Gas & Electric e Southern California Edison, sob um contrato de longo prazo que irá fornececer mais de 2.600 megawatts.

O projeto vai dobrar a quantidade de energia térmica solar produzida hoje nos EUA. Além disso, criará mais de mil empregos em sua construção, produzirá energia limpa suficiente para alimentar 140 mil casas e reduzirá as emissões de dióxido de carbono em mais de 400 mil toneladas anualmente, o equivalente a tirar mais de 70 mil carros das ruas, informa o Climate Progress.

foto: ©Eilon Paz Studio EPP/Divulgação

Publicado originalmente em PlanetaSustentável.com.br

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Arquiteto estadunidense especialista em Construção Sustentável realizará workshop em São Paulo esta semana

Mais informações: http://www.ecobuilding.com.br/ / info@ecobuilding.com.br

Ônibus solar chinês passa por cima de carros

Paula Rothman - 05/08/2010 - INFO Online*

Projeto batizado de ´3D Express Coach´ poderia reduzir até 30% dos trânsito nas grandes cidades.

O design é da empresa Shenzhen Huashi Future Parking Equipment e seria uma solução para as ruas extremamente movimentadas da China.

O ônibus com 4,5 metros de altura andaria em trilhos especiais, construídos na lateral das ruas, de forma que os carros passem por baixo dele. Movido a energia solar, ele chegaria a velocidade de 60 km/h e poderia transportar até 1400 passageiros de uma vez.

Segundo os designers, que apresentaram o projeto durante a 13ª Expo High-Tech Internacional de Pequim, o 3D Express Coach pode cortar 30% do trânsito. Para evitar acidentes, ele teria um sistema de alerta avisando quando fosse fazer uma curva.

O projeto piloto deve começar a ser construído até o final do ano em Pequim, com uma pista de 186km de testes. O custo estimado de um ônibus como este, incluindo os trilhos, seria de US$73 milhões de dólares.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Arranha-céu sustentável na Coréia do Sul

Mais um prédio sustentável!

Publicado originalmente em ArqBacana, em Março 2010

Selecionado por meio de um concurso internacional, o projeto do escritório norte-americano AS+GG inova no aspecto energético. Isso porque o edifício é capaz de gerar mais energia elétrica do que consome por meio dos painéis fotovoltaicos estrategicamente incorporados nas fachadas.

“Nunca os painéis fotovoltaicos foram usados com tanta eficiência por um edifício”, afirma o arquiteto Adrian Smith, da AS+GG. Ele e seu sócio, o arquiteto Gordon Gill, descobriram uma maneira inteligente de explorar o subsídio da energia solar oferecido pelo governo sul coreano para justificar o acréscimo de custo que a tecnologia traria à construção.

A energia excedente produzida pelos dispositivos solares do prédio será vendida para as empresas de eletricidade a um preço sete vezes mais caro do que o da energia elétrica gerada convencionalmente.

O envelope multifacetado foi idealizado de forma a otimizar o recebimento de luz solar, sobretudo nas fachadas sudoeste e nordeste, onde os painéis são inclinados 30º em relação ao sol. A posição dos painéis maximiza a quantidade de energia coletada no edifício, ao mesmo tempo em que o recurso também minimiza o ganho de calor pela edificação.

“A solução que adotamos é comum em coberturas, mas não em torres”, acrescenta Smith, que não se considera o proprietário da idéia. “Não patenteamos a idéia, pois todos estão buscando avanços do desempenho dos edifícios”, afirma o arquiteto. A torre, que tem mais de 240m de altura, deverá estar concluída em 2013.

Vale ressaltar que o projeto desenvolvido pelo AS+GG para a Federação das Indústrias Coreanas, de Chicago, prevaleceu sobre os de competidores como Foster + Partners, Pei, Cobb e Freed.

Fonte: ArqBacana

Comentários:

1 - Onde estão os nossos incentivos aos fotovoltáicos?
2 - Well done, Russell. Congrats!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A energia solar se torna mais barata que a nuclear

Publicado originalmente em Veja.com.br* - 03/08/2010


Sistemas solares fotovoltaicos foram por muito tempo apresentados como uma forma limpa de gerar eletricidade, porém cara se comparada com outras alternativas, do petróleo à energia atômica. Não mais.

Numa "passagem histórica", os custos dos sistemas solares fotovoltaicos caíram a um ponto no qual são menores do que projetos de novas usinas nucleares, de acordo com um relatório publicado em julho.

"O sistema fotovoltaico se tornou uma alternativa de baixo custo a novas usinas nucleares", conforme o estudo chamado Custos Solares e Nucleares, de John Blackburn, professor de economia da Universidade Duke, na Carolina do Norte, e Sam Cunningham, um aluno de graduação. A passagem ocorre quando o preço do kilowatt/hora chega a 16 centavos de dólar.

Enquanto o custo da energia solar vem declinando, os custos da energia nuclear aumentaram nos últimos oito anos, disse Mark Cooper, pesquisador de análise econômica da Universidade de Vermont.

A estimativa de custos de construção - cerca de 3 bilhões de dólares por reator em 2002 - vem sendo revisada regularmente para cima, para uma média de 10 bilhões de dólares por reator, e as estimativas apontam que continuaram subindo, disse Cooper, um analista cuja especialidade é avaliar os preços da energia nuclear. Identificar o custo real de tecnologias de geração de energia é complicado por causa da amplitude dos subsídios e renúncia fiscal envolvidos.

Como resultados, os contribuintes e usuários americanos podem terminar gastando centenas de bilhões de dólares ou até trilhões de dólares a mais que o necessário para alcançar uma ampla oferta de energia de baixo carbono, se propostas legislativas no Congresso americano levarem à adoção de um ambicioso programa de desenvolvimento nuclear, registrou um relatório em novembro passado.

O documento Todos os Riscos, Nenhuma Recompensa para os Contribuintes, foi a resposta para uma lista desenvolvida pelo Instituto de Energia Nuclear, um grupo industrial. O instituto defendeu um mix de subsídios, créditos de impostos, garantias de empréstimos, simplificações de processos e suporte institucional em larga escala.

Em nível estadual, a indústria pressionou para o caso de "obra em progresso", um sistema de financiamento que obriga os usuários de eletricidade a pagar o custo de novos reatores durante a construção e, por vezes, ainda no estágio de projeto.

Com longos períodos de obras e atrasos frequentes, isso pode significar que os usuários de eletricidade comecem a pagar preços mais caros 12 anos antes que as usinas produzam eletricidade.

Entre 1943 e 1999, o governo americano pagou perto de 151 bilhões de dólares (valores de 1999), em subsídios para energia eólica, solar e nuclear, como escreveu Marshall Goldberg, do Projeto de Políticas de Energia Renováveis, uma organização de pesquisa de Washington. Desse total, 96,3% foram para a energia nuclear, segundo o relatório.

Segundo Mark Cooper, ainda assim tais custos são insignificantes em comparação com os riscos financeiros e subsídios que podem acompanhar a próxima onda de construção de usinas nucleares.

A agência classificadora de riscos Moody's mencionou os riscos de novas usinas nucleares em um relatório de 2009. "A Moody's avalia adotar uma visão negativa para a construção de novas centrais nucleares", registra o documento.

Historicamente, a maioria das novas construções nucleares recebeu avaliações negativas, às vezes várias. "Ninguém construiu um reator contemporâneo, usando padrões contemporâneos, portanto ninguém tem experiência para estar confiante de quanto isso vai custar", disse Stephen Maloney, um consultor da indústria.

O risco de mercado foi agravado com a recente recessão. "A crise atual diminuiu a demanda por energia mais do que a crise do petróleo dos anos 1970", disse Cooper. A recessão "parece ter causado uma mudança fundamental nos padrões de consumo que diminuirá a taxa de crescimento de longo prazo da procura por eletricidade".

*Veja.com.br


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Inscrições abertas para o Skyscraper Competition

Por Mauricio Lima, para PiniWeb, 26/Julho/2010

Concurso vai premiar projetos que melhor se relacionem com o meio-ambiente, a comunidade e a cidade

A revista norte-americana eVolo abriu inscrições do concurso "2011 Skycraper Competition", para premiar o projeto que melhor se relacione com o meio-ambiente, com a comunidade e com a cidade. O concurso vai avaliar fatores como o uso de novos materiais, estética e tecnologia, juntamente com estudos sobre a globalização, flexibilidade, adaptação e inovação digital.

Com o projeto "Prisão Vertical", estudantes de arquitetura da Malásia, Chow Khoon Toong, Ong Tien Yee e Beh Ssi Cze venceram última edição do concurso

O vencedor será premiado com US$ 5 mil, o segundo colocado leva US$ 2 mil e o terceiro US$ 1 mil. Além da quantia em dinheiro, os vencedores também terão seus projetos publicados na revista.

Os interessados devem ser formados ou cursar engenharia, arquitetura ou design. Não há limitações em relação ao tamanho, local ou número de participantes do projeto. O resultado será divulgado no dia 28 de fevereiro de 2011. Para participar, o projeto deve ser inscrito no site da revista até 11 de janeiro.

Na última edição do concurso, o estudantes de arquitetura da Malásia, Chow Khoon Toong, Ong Tien Yee e Beh Ssi Cze, ganharam o prêmio com o projeto "Prisão Vertical", que previa a criação de uma comunidade com fábricas e produção agrícola, onde os presidiários trabalhariam e repassariam a produção para a cidade.